Áreas de Atuação

Aliar seus 30 anos de experiência em ortopedia às modernas técnicas de diagnóstico e tratamento permitem ao Dr. Zabeu propor soluções adequadas dentro de um atendimento com foco na pessoa e no diálogo. Suas áreas de maior experiência são:

Artrose do Joelho

Também chamada de osteoartrite, é a doença onde se perde progressivamente a capacidade funcional dos joelhos. Vem associada com a perda da cartilagem, atrito, ruídos e dor aos movimentos, inflamações recorrentes, diminuição da mobilidade e, por vezes, mudança no formato da articulação. Várias estruturas vão progressivamente se deteriorando, como os meniscos e ligamentos.

O tratamento se baseia na definição do grau de artrose e capacidade funcional, do alinhamento articular e da frequência e intensidade de dor. Existem muitas opções para o tratamento clínico, desde mudanças no estilo de vida, programas de fortalecimento, fisioterapia, palmilhas, infiltrações e diversos tipos de medicamentos. Na abordagem cirúrgica, destaque para os procedimentos de realinhamento do membro (osteotomias) e as artroplastias (prótese).

Os atuais protocolos para a cirurgia de artroplastia, com rígido controle da dor, reabilitação precoce e personalizada e técnica cirúrgica apurada, têm permitido resultados mais consistentes, previsíveis e duradouros para uma das cirurgias mais realizadas atualmente no mundo.

Artrose do Quadril

Uma das áreas que mais se desenvolve na ortopedia é o diagnóstico e tratamento das doenças do quadril. Existe hoje um entendimento mais claro das causas que levam um quadril a desenvolver o desgaste, como deficiências no encaixe entre o fêmur e a bacia, que vão desde uma cavidade rasa na pelve, denominado como acetábulo displásico, a alterações na posição e formato deste acetábulo, assim como saliências anormais no colo e cabeça do fêmur. A lesão do labrum, estrutura de contenção da cabeça femoral, também gera dor e pode predispor ao desgaste. Traumas, infecções e doenças que acontecem na infância e adolescência e alteram o formato da cabeça femoral também justificam a artrose prematura.

Em algumas situações, a fisioterapia e a orientação sobre estilo de vida e atividade física podem melhorar uma queixa dolorosa nos quadris, principalmente se a dor for extra-articular, como nas bursites, tendinites e mialgias. Por vezes, há necessidade de procedimentos cirúrgicos denominados de “cirurgias preservadoras”, geralmente realizados por videoartroscopia, realizados para melhorar o contorno ósseo e reparar lesões no labrum. E nos casos de falência da articulação, pela artrose ou por doenças como a necrose da cabeça do fêmur, ou osteonecrose, as artroplastias (próteses) trazem boas soluções.

Dentro das próteses, existem vários modelos e técnicas, cada uma mais adequada ao biotipo do paciente, suas demandas e expectativas. Um fato cada vez mais presente é a rapidez na reabilitação das artroplastias, com possibilidade de alta precoce, capacidade de andar nos primeiros dias após a cirurgia e grande alívio dos sintomas já nas primeiras semanas. É uma das cirurgias que mais rapidamente devolve qualidade de vida para quem a ela se submete.

Alongamento Ósseo e Correção de Deformidades

Uma das áreas mais fascinantes da ortopedia é aquela onde se busca a correção de uma deformidade através de cirurgias que promovam o correto formato e função do membro afetado. A causa desta deformidade pode ser uma doença congênita, como a hemimelia fibular e o fêmur curto congênito, erros no desenvolvimento da criança, como a tíbia vara de Blount e o raquitismo hipofosfatêmico, e doenças com componente genético como a acondroplasia e a osteocondromatose múltipla hereditária. Em qualquer idade, deformidades e encurtamentos podem ser decorrentes de traumas, infecções ou tumores. As lesões nos membros inferiores impactam fortemente na capacidade para se caminhar e correr, enquanto nos membros superiores implicam em limitações funcionais e perda de habilidades. Estes quadros causam grande frustração e sofrimento em crianças e adolescentes, enquanto nos adultos geram perdas de oportunidades profissionais e pessoais, sofrimento por dor e incapacidade e perda da autoestima e autoconfiança.

O diagnóstico, planejamento e execução destas correções são o foco de uma ciência relativamente nova, denominada reconstrução e alongamento ósseo. O princípio destas correções se baseia na capacidade do osso e demais estruturas responderem positivamente a um estímulo controlado para se alongarem e mudarem de formato. Sabe-se que o osso, ao ser seccionado e afastado de modo estável e constante, em um ritmo ao redor de um milímetro ao dia, produz osso novo e saudável, e é acompanhado do crescimento dos nervos, vasos sanguíneos, músculos e pele. Isto permite que uma perna ou braço sejam literalmente alongados, desde poucos milímetros até 10 a 20 centímetros, ao longo de alguns meses. Neste alongamento, é possível corrigir uma curvatura ou rotação anormal do membro, além do seu comprimento.

A principal ferramenta do cirurgião que faz este tipo de procedimento é o fixador externo. O mais conhecido deles, a famosa “gaiola”, ou fixador externo circular, foi desenvolvido há mais de 70 anos pelo Dr. Gavriil Abramovich Ilizarov, na antiga União Soviética. No final dos anos de 1980 a técnica chegou ao ocidente, e hoje está muito evoluída, com diferentes tipos de fixador e materiais. O uso de softwares tem facilitado muito o cálculo da estratégia de correção, tanto na interpretação das imagens como na confecção de planilhas para a correção gradual das deformidades, com o uso dos fixadores denominados hexapodais.

Além dos fixadores externos, toda a gama de fixações internas, como placas, hastes e parafusos podem ser associadas nesta correção. Mesmo o uso de hastes especiais que permanecem dentro do osso, sem o fixador externo, e promovem o alongamento ósseo progressivo tem sido algo cada vez mais presente no arsenal do cirurgião.

Estar sempre disponível ao paciente e sua família, ter uma equipe entrosada para as cirurgias e a reabilitação, muita atenção ao controle da dor, do movimento, e de todo aspecto emocional e motivacional que cerca este desafio, é o que podemos oferecer.

Infecção Osteoarticular

Diferentemente do que acontece na maioria das infecções no organismo humano, a presença de uma bactéria ou fungo no osso, interagindo e provocando infecção, pode levar a um quadro muito difícil de se enfrentar, seja pelo diagnóstico correto ou pelo tratamento adequado a ser instituído. A presença de implantes como próteses, hastes ou placas, e a formação progressiva de uma estrutura denominada biofilme, que protege o micro-organismo e atrapalha sua erradicação pelo organismo, torna a batalha ainda mais complicada. O biofilme se fixa ao implante e ao osso desvitalizado, e promove o quadro denominado como infecção crônica ou osteomielite.

São várias as situações em que se tem infecção osteoarticular: na osteomielite aguda, com a chegada de uma bactéria até o osso através do sangue, mais comum nas crianças; na osteomielite pós-traumática, quando a bactéria é inoculada no momento da fratura ou no tratamento cirúrgico das mesmas; adquirida após cirurgias eletivas, em especial nas próteses articulares, reconstruções ligamentares e na cirurgia da coluna; e a osteomielite crônica de longa duração, por vezes em casos de traumas antigos que tiveram infecções não solucionadas, ou em pacientes com dificuldade de mobilização, por paralisias ou doenças degenerativas, onde se formam as chamadas úlceras de decúbito, ou escaras, que podem expor e infectar o osso.

Dr. Zabeu fez seu doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo trabalhando com infecções em próteses de quadril e joelho, orientado pela infectologista Prof. Dra. Ana Lucia Lima. Teve bastante contato com este tipo de problema e há anos se dedica a entender e tratar as infecções em próteses, fraturas e a osteomielite crônica.

Pé Torto Congênito

A deformidade do pé em equino, cavo e varo, denominada de pé torto congênito, ou PTC, acontece em uma a cada mil crianças nascidas. Tem causa indeterminada, e evoluiu, sem tratamento, a uma condição de deformidade rígida do pé, com prejuízos funcionais e estéticos graves. Muitos tratamentos foram tentados desde o início de século XX, incluindo uma série de cirurgias com diferentes técnicas. Porém, o método que tem se demonstrado com resultado mais previsível, que envolve menores custos e riscos e que permite uma vida essencialmente normal ao portador desta doença é a técnica de Ponseti.

Dr. Inácio Ponseti foi um ortopedista espanhol radicado nos Estados Unidos, que desenvolveu algo totalmente novo em termos de como manipular, imobilizar e conduzir o tratamento das crianças com PTC. Somente com o advento da Internet, no final dos anos 1990, sua técnica começou a ser realmente difundida e reconhecida em todo mundo, embora ainda não plenamente utilizada, visto que há problemas tanto no treinamento dos ortopedistas como no acesso dos pacientes aos especialistas no método.

Idealmente, a aplicação do método Ponseti deve se iniciar logo após o nascimento, com a manipulação precisa e delicada do pé com a deformidade, seguida de uma imobilização gessada que vai da raiz da coxa ao pé. Semanalmente são realizadas trocas deste gesso, corrigindo cada vez mais a deformidade, até ser realizado um pequeno corte no tendão de Aquiles, geralmente possível de ser feito de modo ambulatorial, com uma anestesia local. Após isto, a manutenção numa órtese especial até os 4 anos de idade, usada 14 horas ao dia, permite que mais de 90% dos portadores de PTC ao nascimento tenham seus pés plantígrados, funcionais e indolores para o resto da vida.

No Brasil, alguns serviços têm feito a técnica de Ponseti desde os anos 1990, e seu desenvolvimento no país teve incremento importante a partir dos anos 2000, em especial pelo trabalho de difusão e treinamento realizado pela Dra. Mônica Nogueira, de São Paulo, e dos instrutores do método Ponseti que têm se revezado no treinamento do maior número possível de novos profissionais, para que o método seja mais acessível a todos. O Dr. Zabeu é um destes instrutores.

Osteoporose

Com o avanço da medicina e da expectativa de vida das pessoas, cada vez é mais comum homens e mulheres chegarem aos 80, 90, 100 anos de idade, com boa condição intelectual e física. Infelizmente, muitos deles terão também, com o passar do tempo, problemas com suas articulações e fragilidade nos seus ossos. Um evento como a fratura no quadril que ocorre numa pessoa de 80 anos é sempre dramático. Mesmo com o melhor tratamento possível realizado rapidamente, geralmente cirúrgico, o risco de sequelas ou mesmo óbito é elevado, e a queda na qualidade de vida deste paciente, após a fratura, é uma realidade.

O diagnóstico e tratamento da fragilidade óssea, presente na osteoporose, tem avançado muito. Inicia-se esta linha de cuidado com a identificação do paciente em risco de sofrer uma fratura, a análise de sua condição geral de saúde, de sua musculatura e equilíbrio, suas atividades de vida diária. Alguns exames de imagem e laboratório auxiliam neste diagnóstico. O tratamento é multidisciplinar, incluindo o médico, o fisioterapeuta, o educador físico e o nutricionista. O paciente, seus familiares e cuidadores precisam estar cientes dos riscos de queda e de como prevenir a fratura, seja no quadril, no ombro, no tornozelo, na coluna ou onde possa acontecer. Diferente do que se imagina, a maioria das fraturas no idoso acontece pela queda, e não porque o osso quebra e depois a pessoa cai.

Ossos e músculos fortes, pessoas ativas e com alimentação saudável, a prática de exercícios dentro dos limites próprios da idade, e morar em uma casa segura quanto ao risco de quedas é algo que devemos sempre ter em mente. E um médico qualificado para passar esta orientação acaba sendo de grande valor. O Dr. Zabeu tem muita experiência e conhecimento no diagnóstico e tratamento clínico da osteoporose, assim como nas cirurgias das pessoas que acabaram por sofrer fraturas decorrentes desta doença.

Conheça o
Dr. José Luís A. Zabeu

Aliar medicina de ponta ao atendimento humanizado é meu objetivo maior. Entender o paciente no seu todo, perceber suas dores e suas limitações e propor soluções para uma vida com mais qualidade e autonomia, assim é o meu trabalho.

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